➤COMO DESCOBRIR QUALQUER MODO (EXPLICAÇÃO E EXEMPLOS)
Cada escala maior tem uma relativa menor que é formada quando se toca a mesma sequência de notas, mas a partir do sexto grau da escala maior. Aliás, outras escalas podem ser formadas usando-se a sequência de notas de uma escala maior, a partir de qualquer um de seus graus. Essas escalas são chamados modos da escala. A escala maior natural é chamada o modo jônio (ou jônico ou iônico). A escala formada a partir da sexta nota, a relativa menor, é chamada de modo eólio. Os nomes desses modos, bem como outros discutidos abaixo, vêm da Grécia Antiga, embora se diga que esses nomes foram misturados em traduções muito tempo atrás.
- Modo Jônio (Escala Maior Natural)
A escala maior, ou modo jônio, deve lhe ser bem familiar a esta altura. Ela é associada com acordes de sétima maior. No tom de Dó, por exemplo, o acorde Dó com Sétima Maior, notado Cmaj7 (ou C com um pequeno triângulo próximo a ele, ou às vezes CM7), tem as notas "Dó, Mi, Sol, Si", e essas notas delineiam a escala Dó Maior. Se um compasso numa peça de música é harmonizado com um acorde Cmaj7, a escala Dó Maior é então uma escala adequada para se usar na improvisação. A única nota dessa escala que soa ruim quando tocada contra um acorde Cmaj7 é a quarta nota, o Fá. Você pode convencer a si mesmo disso indo ao piano e tocando o acorde Cmaj7 com a mão esquerda enquanto toca várias notas da escala Dó Maior com a direita. A quarta de uma escala maior é geralmente chamada de nota evitada (avoid note) sobre um acorde de sétima maior. Isso não significa que você não possa nunca tocar um Fá sobre um Cmaj7, é claro, mas deve estar ciente do efeito dissonante que isso produz.
O acorde obtido acrescentando-se uma terça no topo do acorde ("Dó, Mi, Sol, Si, Ré") seria chamada de Cmaj9, e ele implica a mesma escala. Adicionar uma outra terça resultaria em "Dó, Mi, Sol, Si, Ré, Fá", e esse acorde seria chamado um Cmaj11. Por causa da natureza dissonante do Fá nesse contexto, entretanto, nem esse acorde, nem o acorde Cmaj13, obtido pelo acréscimo de uma terça adicional (Lá), são muito usados.
Como vimos acima, o modo Jônio é igual, ou equivalente à Escala Maior Natural, possui a mesma forma, a mesma estrutura intervalar. Veja abaixo as tabelas:
No tom de Dó maior, o modo Jônio terá as sete notas naturais:
- Transpondo o modo Jônio
Podemos transpor o modo Jônio, ou qualquer um dos modos gregos, para qualquer tonalidade. Para transpor corretamente qualquer escala ou modo, basta aplicar os seus intervalos característicos a partir da nova Tônica. Veja alguns exemplos do modo Jônio em tonalidades variadas. Observe como
Obs: O Modo Frígio é caracterizado por ser um modo menor (possui a terça menor) com um intervalo atípico que é a segunda menor. Este intervalo gera uma sonoridade muito peculiar capaz de criar uma atmosfera sombria ou misteriosa, apropriada para evocar sensações ligadas ao primitivo, oriental ou místico.
Veja abaixo a estrutura intervalar do modo Frígio e o exemplo da escala em Mi:
Assim como acontece em todas as escalas, se mantivermos a sequência de intervalos do modo Frígio preservada, podemos tocá-lo em qualquer tom.
O Modo Lídio é caracterizado por ser um modo maior (possui a terça maior) com um intervalo característico que é a quarta aumentada. Este intervalo diferencia o modo Lìdio com sua atmosfera épica e fantasiosa.
Veja os intervalos do modo Lídio e o exemplo em Fá:
Assim como acontece em todas as escalas, se mantivermos a sequência de intervalos do modo Lídio preservada, podemos transpor e tocá-lo em qualquer tom.
Do mesmo modo que com a escala maior sobre um acorde de sétima maior, o quarto grau da escala (Dó no caso do Sol Mixolídio) é uma nota um tanto evitada sobre um acorde de sétima da dominante. Entretanto, existe um acorde chamado de acorde suspenso, notado Gsus, Gsus4, G7sus, G7sus4, F/G, Dm7/G, ou G11 sobre o qual não há notas a evitar no modo mixolídio de Sol. A notação F/G indica uma tríade de Fá Maior sobre a nota Sol no baixo. O termo "suspensão" vem da harmonia clássica e se refere ao retardo temporário da terça num acorde da dominante ao se tocar primeiro a quarta, antes de resolvê-la na terça. No jazz, entretanto, a quarta geralmente não é nunca resolvida. O acorde suspenso consiste da fundamental, quarta, quinta, e geralmente também a sétima. A música "Maiden Voyage", de Herbie Hancock, consiste somente de acordes suspensos não resolvidos.
O Modo Mixolídio é caracterizado por ser um modo maior com um intervalo característico que é a sétima menor. Este intervalo confere ao modo Mixolídio uma atmosfera tensa, bastante utilizada na música nordestina, no blues e no jazz, entre outros estilos.
Seguindo a lógica, este modo também pode ser transposto para qualquer tom se mantivermos a sua sequência de intervalos preservada.
O Modo Eólio possui exatamente a mesma estrutura da Escala Menor Natural. Ou seja, é uma escala menor, com segunda maior, quarta e quinta justas e sexta e sétima menores.
Se lembrarmos da teoria dos tons relativos, veremos que o modo Eólio e o Modo Jônio são exatamente o que chamamos no universo da música tonal de Relativos menor e maior. Ou seja, Dó Jônio e Lá Eólio são os relativos Dó maior e Lá menor.
O modo Eólio, que possui a mesma estrutura da Escala Menor Natural, é uma das escalas menores mais usadas na música popular de um modo geral. É muito comum ouvirmos solos de rock, ou melodias de canções românticas que empregam esta escala em sua composição. Entretanto, é muito comum também ouvirmos nas escalas menores um intervalo que não encontraremos em nenhum dos modos gregos menores: a sétima maior.
O uso da sétima maior em escalas menores está ligado à tradição tonal da música ocidental, que para usar das funções harmônicas de Tônica, Dominante e Subdominante, organizando a harmonia com uma relação causal entre os acordes, precisa da sétima maior na escala funcionando como a nota sensível, aquela nota que atrai a tônica de volta e será a terça maior do acorde de quinto grau dominante.
Veja abaixo os intervalos e o exemplo em Lá:
Seguindo a lógica, este modo também pode ser transposto para qualquer tom se mantivermos a sua sequência de intervalos preservada.
Devido a essa estrutura, a sonoridade do modo Lócrio é dissonante, semelhante ao efeito do acorde menor com quinta diminuta (Bm5-). Por conta dessa sonoridade dissonante, tensa, áspera, não é muito comum que o modo lócrio seja usado na música popular atual, que privilegia as canções românticas ou alegres e dançantes. Contudo, é possível usá-lo sim para compor e improvisar, desde que se queira explorar essa sonoridade dissonante
A sequência de intervalos resultante é muito interessante, pois contém os intervalos de segunda menor e quinta diminuta, o que torna o modo Lócrio o único modo com sonoridade diminuta. Veja todos os intervalos do modo Lócrio na tabela e o exemplo em Si:
Se mantermos a estrutura intervalar, podemos transpor e tocar em outros tons.
Comparando os sete modos em Dó Veremos abaixo os sete modos apresentados todos em Dó, ou seja, todos a partir da nota tônica Dó. Assim poderemos visualizar os intervalos característicos de cada modo de forma mais fácil, fazendo a comparação entre eles. Note que as notas características de cada modo estão em destaque em laranja claro, são as notas que diferenciam cada modo de outras escalas. Além disso, todas as notas alteradas (# ou b) estão em negrito.
Fontes: http://www.cifraclub.com.br/contrib/tutoriais/-apostila_modos-_gregos_pdf.pdf
http://www.jazzbossa.com/sabatella/05.02.harmoniadaescalamaior.html
os intervalos do Modo Jônio citado acima serão sempre os mesmos em qualquer tonalidade.
- Modo Dórico
Do mesmo modo que com o acorde de sétima maior, você pode acrescentar terças ao acorde de sétima menor para fazer Dm9, Dm11 e Dm13. Esses acordes ainda implicam o uso da mesmo modo dórico. Se você usar a escala menor natural, o acorde de décima terceira contém a nota Si Bemol, que é um tanto dissonante nesse contexto. Esse acorde é raramente usado, mas quando ele é pedido, é geralmente notado Dm7b6, e é uma das poucas exceções à regra de que a maioria dos acordes são grafados em termos das extensões com números ímpares acima da sétima. Essa regra vem do fato de que os acordes são tradicionalmente feitos pela sobreposição de terças. A notação Dm6 é às vezes um sinônimo de Dm13 quando o Si natural é explicitamente pedido.
Veja abaixo a estrutura intervalar do modo Dórico e o exemplo em Ré:
A presença do intervalo de sexta maior neste modo menor provoca essa atmosfera diferenciada muito explorada na música folclórica, nordestina e no jazz, entre outros estilos.
- Modo Frígio
Obs: O Modo Frígio é caracterizado por ser um modo menor (possui a terça menor) com um intervalo atípico que é a segunda menor. Este intervalo gera uma sonoridade muito peculiar capaz de criar uma atmosfera sombria ou misteriosa, apropriada para evocar sensações ligadas ao primitivo, oriental ou místico.
Veja abaixo a estrutura intervalar do modo Frígio e o exemplo da escala em Mi:
Assim como acontece em todas as escalas, se mantivermos a sequência de intervalos do modo Frígio preservada, podemos tocá-lo em qualquer tom.
- Modo Lídio
O Modo Lídio é caracterizado por ser um modo maior (possui a terça maior) com um intervalo característico que é a quarta aumentada. Este intervalo diferencia o modo Lìdio com sua atmosfera épica e fantasiosa.
Veja os intervalos do modo Lídio e o exemplo em Fá:
Assim como acontece em todas as escalas, se mantivermos a sequência de intervalos do modo Lídio preservada, podemos transpor e tocá-lo em qualquer tom.
- Modo Mixolídio
Do mesmo modo que com a escala maior sobre um acorde de sétima maior, o quarto grau da escala (Dó no caso do Sol Mixolídio) é uma nota um tanto evitada sobre um acorde de sétima da dominante. Entretanto, existe um acorde chamado de acorde suspenso, notado Gsus, Gsus4, G7sus, G7sus4, F/G, Dm7/G, ou G11 sobre o qual não há notas a evitar no modo mixolídio de Sol. A notação F/G indica uma tríade de Fá Maior sobre a nota Sol no baixo. O termo "suspensão" vem da harmonia clássica e se refere ao retardo temporário da terça num acorde da dominante ao se tocar primeiro a quarta, antes de resolvê-la na terça. No jazz, entretanto, a quarta geralmente não é nunca resolvida. O acorde suspenso consiste da fundamental, quarta, quinta, e geralmente também a sétima. A música "Maiden Voyage", de Herbie Hancock, consiste somente de acordes suspensos não resolvidos.
O Modo Mixolídio é caracterizado por ser um modo maior com um intervalo característico que é a sétima menor. Este intervalo confere ao modo Mixolídio uma atmosfera tensa, bastante utilizada na música nordestina, no blues e no jazz, entre outros estilos.
Seguindo a lógica, este modo também pode ser transposto para qualquer tom se mantivermos a sua sequência de intervalos preservada.
- Modo Eólio (Escala Menor Natural)
O Modo Eólio possui exatamente a mesma estrutura da Escala Menor Natural. Ou seja, é uma escala menor, com segunda maior, quarta e quinta justas e sexta e sétima menores.
Se lembrarmos da teoria dos tons relativos, veremos que o modo Eólio e o Modo Jônio são exatamente o que chamamos no universo da música tonal de Relativos menor e maior. Ou seja, Dó Jônio e Lá Eólio são os relativos Dó maior e Lá menor.
O modo Eólio, que possui a mesma estrutura da Escala Menor Natural, é uma das escalas menores mais usadas na música popular de um modo geral. É muito comum ouvirmos solos de rock, ou melodias de canções românticas que empregam esta escala em sua composição. Entretanto, é muito comum também ouvirmos nas escalas menores um intervalo que não encontraremos em nenhum dos modos gregos menores: a sétima maior.
O uso da sétima maior em escalas menores está ligado à tradição tonal da música ocidental, que para usar das funções harmônicas de Tônica, Dominante e Subdominante, organizando a harmonia com uma relação causal entre os acordes, precisa da sétima maior na escala funcionando como a nota sensível, aquela nota que atrai a tônica de volta e será a terça maior do acorde de quinto grau dominante.
Veja abaixo os intervalos e o exemplo em Lá:
Seguindo a lógica, este modo também pode ser transposto para qualquer tom se mantivermos a sua sequência de intervalos preservada.
- Modo Lócrio
Devido a essa estrutura, a sonoridade do modo Lócrio é dissonante, semelhante ao efeito do acorde menor com quinta diminuta (Bm5-). Por conta dessa sonoridade dissonante, tensa, áspera, não é muito comum que o modo lócrio seja usado na música popular atual, que privilegia as canções românticas ou alegres e dançantes. Contudo, é possível usá-lo sim para compor e improvisar, desde que se queira explorar essa sonoridade dissonante
A sequência de intervalos resultante é muito interessante, pois contém os intervalos de segunda menor e quinta diminuta, o que torna o modo Lócrio o único modo com sonoridade diminuta. Veja todos os intervalos do modo Lócrio na tabela e o exemplo em Si:
Se mantermos a estrutura intervalar, podemos transpor e tocar em outros tons.
- Resumo
Comparando os sete modos em Dó Veremos abaixo os sete modos apresentados todos em Dó, ou seja, todos a partir da nota tônica Dó. Assim poderemos visualizar os intervalos característicos de cada modo de forma mais fácil, fazendo a comparação entre eles. Note que as notas características de cada modo estão em destaque em laranja claro, são as notas que diferenciam cada modo de outras escalas. Além disso, todas as notas alteradas (# ou b) estão em negrito.
Fontes: http://www.cifraclub.com.br/contrib/tutoriais/-apostila_modos-_gregos_pdf.pdf
http://www.jazzbossa.com/sabatella/05.02.harmoniadaescalamaior.html
muito bem
ResponderExcluirMUITO OBG MANOS, VCS ME AJUDARAM MUITO COM SUAS EXPLICAÇÕES
ResponderExcluirMUITO OBG MANOS, VCS ME AJUDARAM MUITO COM SUAS EXPLICAÇÕES
ResponderExcluirSe puder me ajudar tenho dúvidas sobre a aplicação de acordes com 11/ 13 que aparecem em algumas músicas tem algo que fala a respeito destes tipos de intervalos e montagem dos acordes ?
ResponderExcluirMuito obrigado ajudou me mesmo Deus abençoe a todos
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