A: Letra que, no sistema alfabético (países
anglo-saxônicos), designa a nota chamada Lá no sistema silábico de Guido
d’Arezzo. Na Época Medieval, a letra A já designava a nota Lá.
Acidente: Sinal de notação que indica alteração de uma nota,
estranha à tonalidade indicada pela armação da clave. O bemol baixa meio tom, o
sustenido sobe meio tom e o bequadro anula o efeito do sustenido ou bemol.
Acompanhamento: conjunto de elementos vocais e instrumentais
que estão subordinados à parte principal e a realçam, pelo seu poder
expressivo, caráter rítmico e riqueza harmônica.
Acorde: grupo de três ou mais sons simultâneos
identificáveis como um conjunto (dó mi sol, por exemplo, com duas terceiras
sobrepostas).
Acústica: capítulo da Física e da Música que estuda os fenômenos
sonoros, a sua natureza, produção e propagação.
Alto: a mais grave das vozes femininas. As solistas aparecem
mais frequentemente designadas por contralto.
Altura: qualidade dos sons que os torna mais graves ou mais
agudos e que tem a ver com a frequência mais ou menos elevada, com o número
maior ou menor de vibrações por segundo.
Arpejo: execução sucessiva das notas de um acorde, da nota
mais grave para a mais aguda, podendo também suceder o inverso.
Arranjo: transcrição de uma peça para um instrumento ou
instrumentos diferentes daqueles para que foi composta, ou redução de uma obra
orquestral para um instrumento.
Ataque: fase inicial da produção de um som por um
instrumento. Pode também significar o início, a primeira ou as primeiras notas
de uma peça musical.
Atonal: música sem um centro tonal ou nota que atraia as
outras ou tenha preponderância sobre elas.
Atonalidade: característica da música em que não são aplicadas
as funções e leis tonais em que repousa a música ocidental desde o Barroco.
Audição: conjunto de processos que vão desde a percepção
pelo ouvido humano ao reconhecimento dos sons pela consciência.
Aumentado: intervalo (ou acorde) meio tom maior do que o
intervalo normal. Dó-Fá, por exemplo, é uma quarta justa; Dó-Fá# é uma quarta
aumentada.
B: nome da nota “si” nos países anglo-saxônicos. Nos países
de língua alemã, a letra B designa o si bemol enquanto que o si (natural) é
representado pela letra H.
Banda de música: conjunto instrumental constituído
basicamente por sopros (metais e madeiras) e percussão.
Barítono: a voz masculina intermédia entre o baixo, a mais
grave e o tenor, a voz mais aguda. No Jazz, barítono sem mais designa o
saxofone barítono.
Bemol: sinal usado na notação musical para baixar meio tom,
sem que ela mude de nome. O duplo bemol baixa dois meios tons.
Blues (i)gl): música lenta e triste dos negros americanos,
sobre poesia popular, que fundiu as influências das músicas europeias e
africanas.
Breve: unidade fundamental de duração na métrica antiga,
valendo duas semibreves, que se manteve nos solfejos até meados do século XX.
C: designação alfabética da nota Dó usada nos países de
língua inglesa e alemã.
Cadência: fórmula da harmonia tradicional que conclui uma
frase ou uma obra.
Caixa de ressonância: corpo de um instrumento cuja cavidade
amplifica a vibração das cordas.
Cantata: obra para coro e/ou vozes solistas, com
acompanhamento instrumental.
Cifra: símbolo usado na música para designar um acorde e a
sua composição.
Clave: símbolo colocado logo no princípio da pauta ou
pentagrama para indicar o nome das notas musicais. Há três claves: Sol, Fá e
Dó, em diferentes linhas da pauta.
Cláusula: cadência na música medieval.
Compasso: divisão métrica de um texto musical, em que há uma
regularidade de tempos fortes e fracos. Concerto: obra para um ou mais
instrumentos e orquestra.
Contralto: a voz feminina mais grave.
Coro: grupo de cantores que executam em conjunto obras de
música profana ou sacra, a uma ou várias vozes diferentes, masculinas,
femininas ou mistas, juvenis ou adultas.
Corpo: a caixa de ressonância de um instrumento musical.
Cromática: escala em que os doze sons se sucedem sempre por
meios tons, por movimento ascendente ou descendente.
Crescendo (ital.): aumento progressivo da intensidade de uma
parte da música.
D: designação da nota Ré no sistema alfabético
Dedilhação: utilização dos dedos na execução de um
instrumento musical, ou a indicação numérica de como os dedos se devem
posicionar no teclado.
Diapasão: embora haja o diapasão de sopro (que dá as doze
notas da escala cromática e se chama, por isso, diapasão cromático) o diapasão
de percussão é um objecto de metal em forma de garfo, sensivelmente, que dá
apenas a nota Lá. Batendo-se contra uma uma superfície dura, dá as 440
vibrações por segundo.
Diatônico: que procede por intervalos de tom e meio tom.
Dissonância: combinação de sons cujo efeito provoca uma
sensação de instabilidade.
Dó: primeira nota da escala diatônica de Dó, correspondente
à letra C do sistema alfabético.
Duração: valor de uma figura musical cuja execução é mais ou
menos longa.
E: designação da nota Mi no sistema alfabético.
Escala: série de sons que serve de base a uma composição
musical e que dá a uma peça o seu estilo de música ligeira, cigana, chinesa ou
jazz, por exemplo.
F: designação da nota Fá no sistema alfabético.
Figuras: símbolos que indicam a duração dos sons (semibreve,
mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa, que vão desde os 4
tempos até 1/16 tempo).
Frase: pequena secção coerente de uma música, comparável a
uma oração na linguagem falada.
G: designação da nota Sol na Idade Média e no sistema
alfabético hoje usado nos países de língua inglesa ou alemã. Foi inicialmente o
símbolo da clave de sol que, através de várias transformações, chegou à atual
configuração.
Grave: 1 – som de altura reduzida, de baixa frequência que,
por analogia, popularmente se diz “grosso” (que alguém tem uma “voz grossa”). 2
– Sério, solene. É utilizado para denominar um andamento muito lento, de cerca
de 40 batidas por minuto.
Nos países de língua alemã, a letra H designa o Si
natural, enquanto o B designa o si bemol, His, o Si sustenido e hisis o Si
duplo sustenido.
Harmonia: ciência dos acordes com a sua sonoridade global e
encadeamentos.
Harmônico (intervalo): intervalo em que os sons são
apresentados ao mesmo tempo, escritos na vertical.
Harmônicos: sons que acompanham a emissão de um som
fundamental, formando uma série de harmônicos superiores naturais.
Hinário: recolha de hinos e, por extensão, de cânticos
cristãos. Com a imprensa, os hinários deixaram de ser conjuntos isolados,
estando hoje os hinos colocados nos ofícios próprios, juntamente com outros
cânticos.
Hino: poema estrófico a Deus, Cristo, aos santos, que
termina muitas com uma doxologia à Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito
Santo). A palavra pode designar também a música identificativa de uma
congregação, associação, movimento religioso, região, país.
Idiofone: instrumento de percussão, em que uma parte bate na
outra, sem ajuda de membrana, cordas ou tubos.
Improvisação: criação de uma música no momento,
designadamente no Jazz e no Órgão de Tubos.
Intensidade: qualidade do som que se prende com a energia
utilizada pelo executante e a amplitude da vibração sonora, com sons mais
fortes ou mais fracos.
Interlúdio: intermezzo, pequena peça instrumental entre duas
cenas ou atos de uma ópera, preenchendo o vazio gerado pelo fechar do pano.
São célebres os interlúdios de “Pelléas et Melisande”, de Claude Debussy.
Interpretação: execução de uma partitura numa realização
sonora fiel; desempenho de um músico ou um agrupamento.
Intervalo: distância entre duas notas musicais no que se
refere à altura.
Introdução: secção inicial de uma peça que não começa
diretamente pelo tema.
Jazz (ingl.): Música afro-americana nascida no século XX em
comunidades negras dos Estados Unidos da América, baseada na improvisação e num
especial tratamento do ritmo (swing). O Jazz teve desde o início a influência
das culturas europeias e africanas.
Kantorei (alem.): nome dado nos séc. XVI e XVII a um coro
pertencente a uma igreja, corte de um rei ou príncipe.
Lá: sexto grau da escala diatónica de Dó, designado pela
letra A nos países anglossaxónicos; nota dada pelo diapasão.
Lento (ital.): andamento lento.
Luthier (fr.): designando inicialmente um fabricante de
alaúdes, com o seu declínio, passou a designar o construtor de violinos e
outros instrumentos da família.
Maestro (ital.): diretor de um coro ou de uma orquestra,
que é também, por vezes, na música barroca, um dos instrumentistas.
Meio soprano: voz feminina intermédia.
Melodia: sucessão mais ou menos cantável de notas de altura
diferente.
Melódico (intervalo): intervalo horizontal, isto é, em que
uma nota é tocada ou cantada a seguir a uma outra, seja ela igual, mais aguda
ou mais grave.
Metrônomo: aparelho mecânico (ou digital) criado por Winkel
e patenteado por Maelzel para regular o andamento da execução musical. O
metrônomo dá ao compositor a possibilidade de escrever o andamento exacto que
pretende para a sua obra.
Mi: terceira nota da escala diatônica de de Dó,
correspondente à letra E nos países anglo-saxônicos
Modo: nome para cada uma das formas de organizar os sons da
escala.
Modulação: mudança de tonalidade.
Notação: conjunto de sinais convencionais utilizados para
representar graficamente a duração, altura, ritmo e outros aspectos de uma obra
musical.
Neoclássico: termo aplicado a alguns compositores do século
XX que usaram formas e processos composicionais da música do Período Clássico.
Oitava: grau número 8 da escala; som resultante de
multiplicar por dois a frequência de um som (oitava ascendente) ou de reduzi-la
para metade (oitava descendente).
Orquestra: conjunto de instrumentos musicais agrupados em
seções homogêneas, por famílias de instrumentos, com predominância das cordas .
Partitura: representação gráfica do conjunto dos sons e
silêncios de uma obra, partes instrumentais ou vocais de um trecho musical em
que as diversas partes simultâneas aparecem sobrepostas.
Pausa: silêncio que pode durar mais ou menos tempo e é
representado por um símbolo numa partitura.
Pauta: pentagrama, isto é, conjunto de cinco linhas
paralelas e equidistantes com quatro espaços entre elas onde se escrevem os
sinais musicais.
Pentagrama: sinônimo de pauta musical, conjunto de cinco
linhas paralelas e equidistantes onde se escrevem as figuras musicais.
Percussão: efeito de percutir; produção de sons e de música
através de batimento ou entrechoque.
Piano: antes de significar o conhecido instrumento musical
de corda e tecla, já este termo italiano significava um som ou um conjunto de
sons tocados com pouca de intensidade.
Prelúdio: introdução musical a uma ópera, ou pequena peça
independente, sem forma pre-estabelecida, como os “Prelúdios e fugas” de J. S.
Bach, ou os “Prelúdios” de Chopin.
Pulsação: marcação regular de uma música ou canção que pode
não se ouvir mas se sente por trás do ritmo.
Quaternário: compasso ou ritmo de quatro tempos.
Quinta: grau número 5 de uma escala diatônica, ou o
intervalo entre uma nota e outra nota cinco graus acima ou abaixo.
Quinteto: composição para cinco partes, ou agrupamento de
cinco músicos.
Ré: segunda nota da escala diatônica de dó, designada por D
nos países anglo-saxônicos.
Ritmo: componente fundamental da música, tem a ver com a
organização dos sons e dos silêncios e respectiva duração.
Segunda: relação de um grau da escala com o grau anterior ou
seguinte, podendo ser de um tom ou meio tom.
Serenata: peça instrumental sem forma determinada. É célebre
a “Pequena Serenata Noturna” de Mozart.
Sétima: som que na escala diatônica ocupa o 7º grau
ascendente. É sétima também o intervalo entre as duas notas.
Sexta: som que numa escala diatônica é o sexto a contar da
tônica (Dó-lá); intervalo que daí resulta.
Sexteto: agrupamento de seis vozes ou instrumentos, ou obra
escrita a seis partes.
Solo: secção de um trecho musical executado por um só
intérprete (solista).
Soprano: a mais aguda das vozes femininas.
Sustenido: sinal da notação musical que modifica uma nota em
meio tom ascendente. O duplo sustenido sobe dois meios tons.
Tenor: a voz mais aguda das vozes masculinas.
Terceira: intervalo entre uma nota (primeira) e a nota que
se segue à nota seguinte, inferior ou superior.
Tercina: célula rítmica que subdivide em três um tempo que
normalmente se divide em duas partes iguais.
Timbre: cor ou característica do som que permite distinguir
um instrumento ou uma voz, mesmo quando dão notas da mesma altura, deve-se à
forma como o som é produzido.
Tom: intervalo de segunda maior. A palavra pode significar
também tonalidade.
Uníssono: posição de duas ou mais notas na mesma altura.
Variação: forma musical em que um tema é transformado
através de vários recursos próprios da composição. Até se tornar uma forma
complexa, partiu de um princípio muito simples e comum, o de acrescentar a uma
composição novos elementos musicais e ornamentos.
Vibrato: ligeira ondulação provocada num som com uma
finalidade expressiva, no canto ou em instrumentos de sopro.
Work-song (ingl.): tipo de canto que serve para sustentar o
trabalho ou torná-lo menos árduo, é, por vezes, acompanhado pela própria ferramenta
de trabalho.
Zarzuela: representação cênica típica de Espanha, com partes
faladas e outras cantadas.
Zingaresca: peça musical ao estilo cigano.
Zortzico: dança popular basca em compasso 5/8, em ritmo vivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário